domingo, 7 de fevereiro de 2010

Memórias Escolares – Concepções de Educação

http://is.gd/7T6c0

Texto produzido na aula da Leila Arruda
                                              Por Regiane Montilha

Na vida, hora a gente dança de um jeito, hora de outro, mas de uma forma ou de outra estamos sempre dançando!

Quando paro para pensar em minha infância na escola, a primeira lembrança que me vem à cabeça são os momentos ruins. Vejo os bons também, mas eles só aparecem em segundo lugar. Porem ao realizar essa tarefa de encontrar objetos de memórias escolares, os objetos que encontrei para representar essa infância são fotos de dança, dança, dança...Que bom! O que foi registrado foram apenas as alegrias!
Alegria! Palavra boa de se ouvir, e melhor ainda de se sentir!
Vou começar pelo “parquinho”, meu primeiro contato escolar. Lembro-me das brincadeiras de patinho feio, corre lenço, as músicas... e também me lembro do parque, da árvore que a flor fazia xixi e do cheiro do suco de pêssego artificial.!
Hora de mudar de escola! A escolha...
Minha mãe adorava estudar, mas não pode concluir os estudos, com isso a filha teria que estudar no melhor colégio que ela conhecia, e também precisava ser ótima aluna. Não precisava ser a melhor porque ela não queria saber de comparações, não importava os filhos dos outros o que importava era que a filha dela fosse perfeita.
Eis a decepção! Logo nos primeiros meses foi chamada na escola. Qual o problema? -Mãe sua filha tem algum problema psicológico, ela não copia a matéria da lousa, e seu pensamento voa. O que vamos fazer? Minha mãe arrasada resolveu acompanhar mais de perto minhas tarefas, e vida escolar. A professora emprestava o caderno de outra criança e minha mãe me obrigava a copiar a matéria e fazer as tarefas, mas essa tortura durava a tarde toda e era assim todos os dias. Lembro-me do pavor que eram essas tardes, eu fazendo, e minha mãe apagando minha mãe era perfeccionista então a lição tinha que estar correta, enquanto não fizesse certo ela apagava, apagava e apagava... E eu chorava, chorava e chorava... Me lembro ate hoje daquele cheiro de borracha misturada com suor (ainda bem que era de criança) e também a bunda quadrada e dolorida de ficar tanto tempo sentada!
Bem descobriu-se que o Colégio tão renomado na cidade era muita escola para mim então no meio da 2ª serie fui para uma Escola Estadual, mamãe com a certeza de que meus problemas teriam acabado, talvez agora fosse conseguir!
Mais uma decepção!
O mesmo problema continuou, porém, minhas notas eram boas. Mas como pode acontecer isso?
No fim do ano reuniram-se em conselho para decidir meu futuro! Passá-la de ano ou não? Metade achava que deveria e a outra metade achava que não. Resolveram chamar minha mãe e pediram ajuda, para minha mãe ficou complicado porque ela não conseguia entender como podia os professores que eram estudados para resolver esse tipo de problema, pedirem a opinião da mãe do aluno! Porém ela tinha que decidir e ela sempre procurando fazer justiça, pensou então, que não importava as notas das provas e sim meu dia a dia, e com base nessa realidade ela sabia que eu não estava apta a avançar para a 3ª serie.
Como presente de natal fui para a psicóloga! Bem,  meu problema era copiar a matéria da lousa não e mesmo? E qual a técnica que a psicóloga utilizou? Copiar textos e mais textos... Resultado: Consegui reprovar a 3ª e a 4ª serie!  Como ate hoje sou meio devagar para pegar as coisas,foi só a partir da 5ª serie que fui pegar o fio da meada!
Hoje ainda tenho certa dificuldade em processar as novas informações, mas acredito que agora que já tenho consciência de que sou fruto de uma história, de uma concepção onde o aluno apenas tinha que reproduzir um saber descoberto pelo outro, já é meio caminho andado!
E vai ser sempre assim vencendo uma barreira hoje, perdendo amanhã, levantando a cabeça, sacudindo a poeira e dando a volta por cima!

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