sábado, 20 de fevereiro de 2010

Eis-me aqui Senhor

Senhor Deus, te peço que me dê um coração sábio, sensível, sensato e obediente aos teus  desejos para minha vida. Que se cumpra em mim os teus propósitos. Que eu saiba identificá-los, aceitá-los e cumprí-los conforme o teu querer e com a tua mão poderosa me conduzindo. Que o meu coração se encha de alegria por fazer a tua vontade.
Peço-te também, que ouça os desejos do meu coração e que o Senhor realize se for da Tua vontade. Em nome de Jesus. Amém.

Bendito seja Deus , que não me rejeita a oração, nem aparta de mim a sua Graça. 
Salmo 66.20

Eu quero aprender!!!

Deus, ensina-me a ter uma vida mais simples, mais dependente de ti, mais amorosa, mais intensa...
Ensina-me a valorizar as pequenas coisas que cercam minha vida
Ensina-me contar as bençãos de cada dia...
Regiane Montilha


sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Aprendendo com as diversidades da vida

Encontrei esse vídeo no blog da Mariza - http://estardeficiente.blogspot.com. Um encanto o blog dela, vale a pena visitar.
Superação, luta, sonhos, realizações, fé em Deus lição para nossas vidas é o que vemos nesse vídeo do Tony Melendez.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Deus nos ama e tem cuidado de nós....

Ora, àquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós, a ele seja a glória, na igreja e em Cristo Jesus, por todas as gerações, para todo o sempre. Amém!
Efésios 3:20-21

Pensamento: De todos os nomes usados para Deus na Bíblia, este é meu favorito: "Aquele que é Poderoso para Fazer Infinitamente Mais". Nosso Deus é o mesmo Deus que partiu o Mar Vermelho e alimentou 5.000 com apenas alguns pães e peixes. Ele anseia fazer mais do que pedimos ou imaginamos! Infelizmente, a maioria de nós não tem dado realmente muito desafio a Ele com nossos sonhos pequenos e orações superficiais. Vamos sonhar grandes sonhos para Deus. E aí segurarmo-nos para algo acontecer além da nossa imaginação!

Oração: Todo Poderoso e Majestoso Deus, faça no nosso dia o que fez nos dias passados. Dê-nos a fé para acreditar e depois surpreenda-nos ao saber quão míope a nossa fé realmente era. Dê-nos a visão para enxergar o Seu plano e crer que o Senhor anseia fazer coisas maiores. Pedimos isso, não por nós mesmos ou por causa da nossa reputação, mas para Sua glória e a salvação do nosso mundo. Em nome de Jesus. Amém.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Para Incluir Primeiro é Preciso desconstruir

Sobre o fim das Escolas Especiais

(Passarinho que passou a vida na gaiola, muitas vezes não quer enfrentar os perigos da liberdade.)Fabio Adiron

Para que haja a inclusão nas escolas regulares, se faz necessário muitas adaptações, formação inicial e continuada de professores, quebra de paradigmas... enfim, o problema é que isso leva tempo! Muito tempo.
Usando a metáfora dos passarinhos... eles não sabem viver fora da gaiola, porque nunca experimentaram essa liberdade e agora se tiverem que sair, sofrerão muito.
Acredito sinceramente e com muita tristeza que alguém tem que pagar o preço! Estamos numa era de mudança e quem vai sofrer na pele essas "tentativas e erros e acertos" são os alunos de hoje. Nós como educadores conscientes, estamos lançando sementes! A questão da inclusão é uma página virada, já foi! O importante agora é: O que fazer com isso? Como fazer? Acredito que o resultado disso tudo nós não vamos ver, é pra outra geração. E repito com muita tristeza, porém com esperança para as futuras gerações: As pessoas que tem NEE hoje, pagarão o preço para que a geração vindoura possa simplesmente SER alunos! Assim, simples, naturalmente!
Acredito muito na Educação infantil e nos professores que formarão essas crianças. 
Por Regiane Montilha

Série não rima com inclusão

"Deficientes são as práticas escolares que se baseiam no pressuposto de que somos todos iguais, que tornam homogêneo o que é diverso, mascarando ou negando as diferenças." 
José Pacheco

Referência: Ano VI - Nº 16 - Caminhos da inclusão - Março à Junho 2008 http://www.revistapatio.com.br/sumario_conteudo.aspx?id=200

Casa de Detenção do Carandiru cede lugar a biblioteca

SÃO PAULO - A antítese é forte e a metáfora se torna óbvia. Onde antes funcionava uma prisão, agora haverá a liberdade: do conhecimento, das ideias, dos livros. Está marcada para hoje a inauguração da Biblioteca de São Paulo - aberta aos frequentadores a partir de amanhã -, um projeto ousado que tem tudo para mudar o modelo de bibliotecas públicas no Estado. O endereço? O Parque da Juventude, exatamente no mesmo ponto onde ficavam os pavilhões da Casa de Detenção do Carandiru.

Esqueça as sisudas estantes, o ambiente escuro e a bibliotecária ranzinza pedindo silêncio. A nova biblioteca terá um ambiente colorido e moderno, com 30 mil livros ao lado de 80 computadores, CDs, DVDs, jornais e revistas. E novidade: sete Kindle, aquele aparelhinho que lê livros digitais. Os funcionários - a equipe terá 50 pessoas - estarão instruídos a agir como vendedores de livros, oferecendo dicas para os visitantes, de acordo com cada perfil. "Basta as pessoas chegarem e já iremos puxar conversa sobre livros", resume a diretora da instituição, Magda Montenegro.

Em nome da acessibilidade, haverá também um equipamento para transformar livros normais em áudio ou braile. As mesas serão reguláveis - para se adaptar a qualquer tamanho de cadeira de rodas - e serão disponibilizados folheadores automáticos de páginas para quem tem restrições motoras.

A obra teve investimentos dos governos estadual (R$ 10 milhões) e federal (R$ 2,5 milhões). Com as portas abertas, a biblioteca de 4,2 mil metros quadrados será administrada pela Poiesis, organização social à frente também da Casa das Rosas e do Museu da Língua Portuguesa. O projeto arquitetônico, a cargo do escritório paulistano Aflalo & Gasperini - o mesmo que executou o Parque da Juventude - levou oito meses para ser concebido.

"Montamos um time com cerca de 20 profissionais, das mais variadas áreas", conta o arquiteto Roberto Aflalo Filho. "Pensamos em espaços agradáveis, com mobiliário adequado para atrair o leitor. Por isso a biblioteca ficou com cara de uma grande livraria."

Serviço: Biblioteca de São Paulo. Parque da Juventude (Avenida Cruzeiro do Sul, 2.500, Santana). De terça-feira a sexta-feira, das 9 horas às 21 horas; sábados, domingos e feriados, até 19 horas. Grátis. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

AE - Agencia Estado http://is.gd/8dPIy

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Para pensar...

“A alegria não chega apenas no encontro do achado, mas faz parte do processo da busca. E ensinar e aprender não pode dar-se fora da procura, fora da boniteza e da alegria.”
 Paulo Freire

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Um pouco de poesia com a nova ortografia..

Texto produzido na aula de Catarina Carvalho
brincando com as palavras e a nova ortografia...
                                                             Por Regiane Montilha

A linguiça antes tão saborosa, coitadinha! 
Agora está smilinguida, magrinha, magrinha!!! 
Perdemos até a vontade de comê-la.
Por falar em linguiça, 
fui a um churrasco  encontrei um desaforo, 
uma garota de minissaia que só não escandalizou mais porque o nome da saia estava bem grande. 
Tão grande, tão grande, que cobriu todas as curvas da moça que antes divertia a plateia, 
quem sem acento ficou muchinha, muchinha...

A rotina como ferramenta da observação, do olhar, do planejar...

http://is.gd/7T5mR

Texto produzido no curso de coordenadoras de Creche
                                                    Por Regiane Montilha

Diferentes olhares...

Como assim? Existe mais de um? Sim, existe isso eu já sabia! Agora por favor, me faça parar.... apenas essa palavra: PA-RAR! Parar para ver o que eu não vejo. Não vejo porque minha rotina não me permite. Parar para ANALISAR, REFLETIR, SONDAR, DESCOBRIR HIPÓTESES, SENTIR sobre o que vejo.
Percebo que a importância que dispenso a ouvir o outro é inútil se não houver a priori o desejo de ouvir, o desejo de observar, o desejo de aprender com o meu próximo. A observação é o que irá trazer mudanças significativas para minha  prática pedagógica.
Como conquistar esse tal de tempo para facilitar nossa vida?
Para esse tipo de pergunta nem sempre encontramos a resposta que nos cala ao coração, pois descobrimos que o tempo depende de nossa concepção. Quais os meus valores? O que eu espero do meu trabalho, do meu grupo? O que espero de mim?
O que tenho priorizado?
Questões como essas devem estar bem claras em nossa mente, pois desta forma poderemos nos organizar no tempo e no espaço, para que nossas tarefas não se limitem a apagar incêndios...

Memórias Escolares – Concepções de Educação

http://is.gd/7T6c0

Texto produzido na aula da Leila Arruda
                                              Por Regiane Montilha

Na vida, hora a gente dança de um jeito, hora de outro, mas de uma forma ou de outra estamos sempre dançando!

Quando paro para pensar em minha infância na escola, a primeira lembrança que me vem à cabeça são os momentos ruins. Vejo os bons também, mas eles só aparecem em segundo lugar. Porem ao realizar essa tarefa de encontrar objetos de memórias escolares, os objetos que encontrei para representar essa infância são fotos de dança, dança, dança...Que bom! O que foi registrado foram apenas as alegrias!
Alegria! Palavra boa de se ouvir, e melhor ainda de se sentir!
Vou começar pelo “parquinho”, meu primeiro contato escolar. Lembro-me das brincadeiras de patinho feio, corre lenço, as músicas... e também me lembro do parque, da árvore que a flor fazia xixi e do cheiro do suco de pêssego artificial.!
Hora de mudar de escola! A escolha...
Minha mãe adorava estudar, mas não pode concluir os estudos, com isso a filha teria que estudar no melhor colégio que ela conhecia, e também precisava ser ótima aluna. Não precisava ser a melhor porque ela não queria saber de comparações, não importava os filhos dos outros o que importava era que a filha dela fosse perfeita.
Eis a decepção! Logo nos primeiros meses foi chamada na escola. Qual o problema? -Mãe sua filha tem algum problema psicológico, ela não copia a matéria da lousa, e seu pensamento voa. O que vamos fazer? Minha mãe arrasada resolveu acompanhar mais de perto minhas tarefas, e vida escolar. A professora emprestava o caderno de outra criança e minha mãe me obrigava a copiar a matéria e fazer as tarefas, mas essa tortura durava a tarde toda e era assim todos os dias. Lembro-me do pavor que eram essas tardes, eu fazendo, e minha mãe apagando minha mãe era perfeccionista então a lição tinha que estar correta, enquanto não fizesse certo ela apagava, apagava e apagava... E eu chorava, chorava e chorava... Me lembro ate hoje daquele cheiro de borracha misturada com suor (ainda bem que era de criança) e também a bunda quadrada e dolorida de ficar tanto tempo sentada!
Bem descobriu-se que o Colégio tão renomado na cidade era muita escola para mim então no meio da 2ª serie fui para uma Escola Estadual, mamãe com a certeza de que meus problemas teriam acabado, talvez agora fosse conseguir!
Mais uma decepção!
O mesmo problema continuou, porém, minhas notas eram boas. Mas como pode acontecer isso?
No fim do ano reuniram-se em conselho para decidir meu futuro! Passá-la de ano ou não? Metade achava que deveria e a outra metade achava que não. Resolveram chamar minha mãe e pediram ajuda, para minha mãe ficou complicado porque ela não conseguia entender como podia os professores que eram estudados para resolver esse tipo de problema, pedirem a opinião da mãe do aluno! Porém ela tinha que decidir e ela sempre procurando fazer justiça, pensou então, que não importava as notas das provas e sim meu dia a dia, e com base nessa realidade ela sabia que eu não estava apta a avançar para a 3ª serie.
Como presente de natal fui para a psicóloga! Bem,  meu problema era copiar a matéria da lousa não e mesmo? E qual a técnica que a psicóloga utilizou? Copiar textos e mais textos... Resultado: Consegui reprovar a 3ª e a 4ª serie!  Como ate hoje sou meio devagar para pegar as coisas,foi só a partir da 5ª serie que fui pegar o fio da meada!
Hoje ainda tenho certa dificuldade em processar as novas informações, mas acredito que agora que já tenho consciência de que sou fruto de uma história, de uma concepção onde o aluno apenas tinha que reproduzir um saber descoberto pelo outro, já é meio caminho andado!
E vai ser sempre assim vencendo uma barreira hoje, perdendo amanhã, levantando a cabeça, sacudindo a poeira e dando a volta por cima!

Falando ainda em formação... "Papéis Grupais"

 
http://is.gd/7T6pq

O trabalho em grupo visto como possibilidade de crescimento individual
                                                                                                          Por Regiane Montilha
Somos seres individualizados, porém nos formamos a partir do contexto sócio-histórico em que vivemos. Somos frutos da realidade sócio-econômica, política, familiar, religiosa, geográfica... na qual estamos inseridos.
Ao constatarmos esses fatores, podemos entender assim, que há no ser humano uma necessidade vital de socialização, ou seja, a chamada vida em grupo.
Existem dois tipos de grupos: o grupo familiar, onde ficam “estabelecidos” os papéis de cada membro da família, com diferentes características (explosivo/tranqüilo, racional/emocional, presente/ausente etc) e também os grupos secundários que são os de estudo, trabalho, organizações...
È importante ressaltar aqui que seja em qual grupo for, o indivíduo tem um tempo diferente, com funções diferentes, que são desenvolvidas conforme a necessidade do grupo e segundo o histórico de cada um.
A construção do grupo acontece primeiramente quando há uma busca pelos mesmos interesses: Um ideal, uma revolução, uma religião, um simples diploma ou mesmo a busca pelo conhecimento.
Nesse ponto desta simples reflexão quero deixar claro que me baseei nas idéias de Madalena Freire, pegando alguns tópicos descritos no livro da série seminários (GRUPO  Indivíduo, saber e parceria: malhas do conhecimento, 1997) e juntei alguns fatores que considero importante para a construção do grupo, então (com isso) deixo aqui alguns passos que acredito poderão nos ajudar nessa longa caminhada:
-o Grupo ter um Objetivo Comum;
-termos a consciência de que não há receita a ser seguida (essas regras são um exemplo); são idéias que poderão ajudar na nossa convivência;
- enxergarmos a necessidade de sistematizar, organizar os conteúdos de estudo;
- continuarmos, com maturidade, firmes na caminhada, com a orientação de nossos educadores e através do trabalho árduo de reflexão, não nos desviando do nosso objetivo.
-buscarmos estabelecer um grupo ousado, que enfrenta os medos, supera as expectativas.
- criarmos vínculos afetivos, com cumplicidade, no riso, na raiva, no choro, na dor, no prazer.
“No exercício disciplinado de instrumentos metodológicos, educa-se o prazer de se estar vivendo, conhecendo, sonhando, brigando, gostando, comendo, bebendo, imaginando, criando; e aprendendo juntos, num grupo” (Freire, 1997).
Como podemos ver, o aprendizado ocorre de forma mais consistente quando se estuda em grupo. As trocas de experiências, o olhar do outro, as diferentes histórias vividas pelos diferentes membros do grupo, nos ajudam a sair do nosso mundinho limitado, possibilitando assim, novos olhares, novos horizontes, sem limitações ou pré-conceitos, o que para nós é difícil, no mundo complicado no qual vivemos, o mundo da individualidade, da incompreensão, do egocentrismo, cada vez mais presentes em nossas casas, em nosso trabalho, em nossa escola, dentro de nós. Vamos quebrar esses pré-conceitos que nos amarram e nos impedem de caminhar!

                                  A começar em mim!

Formação continuada de educadores (Parte 2)

(continuação...) A educação continuada é uma realidade em nossos dias pois vem sendo reconhecido, discutido e orientado através das secretarias municipais e estaduais de educação com textos e literaturas oficias sobre esse tema.
A formação continuada pode ocorrer de muitas maneiras e cabe ao coordenador pedagógico a viabilização de ações que contribua de forma eficaz para a realização delas.
Existem algumas ações que se fazem necessárias para a realização da formação continuada, como:
- Vontade por parte dos educadores e governantes criadores de políticas públicas no oferecimento de propostas como: parceria nos cursos oferecidos pelas secretarias municipais e estaduais, criação e viabilização de centros de estudos para realização de cursos, congressos, visitas a museus, visitas a escolas que possam servir de modelo entre outras ações;
-busca de recursos financeiros para encaminhamento de professores aos cursos que implicam em algum custo;
-estruturação e organização de tempo privilegiado de forma que atenda a todos os professores em reuniões semanais ou mensais para estudos coletivos e individuais
-a formação deve partir de uma necessidade geral (de melhorias no trabalho, embasamentos teóricos sobre educação...) seguindo a necessidade específica do grupo e suas particularidades.
-necessidade de estruturar um trabalho com objetivos concretos, possíveis e que tenham uma meta final específica: a educação da criança.
Para que haja uma mudança e melhoria relevante na concepção e rotina da escola através da formação continuada, é fundamental que os próprios educadores construam sua autonomia intelectual através de estudos reflexivos sobre a própria prática e as reais necessidades vividas diariamente por ele.
Um trabalho de formação bem estruturado, valoriza a troca de experiências, a refexão sobre o próprio trabalho a conscientização de que só pode existir um grupo se houver objetivos comuns. Cabe a coordenação CONSTRUIR esse grupo. Trabalhar com as pessoas, instigar, mexer, estabelecer as metas que devem ser atingidas para que com esse grupo nasça o desejo de prosseguir fazendo a diferença.
Em uma concepção democrática, não é mais aceito a idéia de “forçar” os professores a realizarem determinada tarefa ou ainda mudarem sua prática. Não dá pra mudar ninguém e nem sequer fazê-los reproduzir uma linha de ideais que são nossos.
O modelo é que deve ser o inicio de todo processo.
Modelo na forma de tratar o grupo (coordenadora x professores = professores X alunos)
Modelo de reuniões e estratégias de leitura, reflexão, organização do tempo e espaço... (coordenação x professores, professores x alunos, professores x pais..)
Através do nosso modelo de atitudes, podemos contaminar as pessoas e desenvolver nelas a consciência de que a responsabilidade é delas quando um aluno não aprende, quando um aluno desencadeia comportamentos típicos, quando o aluno demonstra desinteresse ou ainda indisciplina.
E o desafio do coordenador é saber lidar com a resistência e driblar essas situações que geram tanto mal estar e ainda contaminam o grupo.
É preciso muito equilíbrio, muita garra, muito desejo de mudança e ainda uma dose muito alta de paciência, pois, sabemos que mesmo quando já tenhamos esgotado todas as possibilidades, ainda assim existem pessoas imutáveis que não aceitam as mudanças, não acredita no poder de transformação, enfim, não se implicam no processo. Nesse caso onde não há o enquadramento do grupo, onde não há possibilidade de formação, se faz necessário o remanejamento dessa pessoa dentro da equipe ou ainda a demissão por falta de adaptação a nova proposta.
Como nem tudo é tão simples e muito menos existe uma receita do que deve ser feito então, deixo aqui uma indagação: o que fazer quando foge das nossas mãos demitir, uma vez que existem outras variáveis, como a falta de recursos financeiros e/ou ainda  (o fator mais decisório) a falta de apoio/permissão por parte da nossa diretoria? (Vale ressaltar que a maioria das diretorias de creche são formadas por outros profissionais que não são da área educacional e que trazem consigo uma visão assistencialista totalmente segregada da educação.)
Partindo de toda a discussão levantada nesse texto sobre formação deixo minha pequena contribuição sobre o que é possível ser feito, agora sobre esta ultima questão, sinceramente é uma indagação que me deixa inquieta e insatisfeita, o qual me sinto impossibilitada de fazer algo de concreto, porém uma coisa posso fazer, incomodar, não me calar, não desistir de conscientizar a diretoria. A parceria das creches com a secretaria de educação de Bauru tem se fortalecido a cada ano e acredito que o cerco está se fechando, novas contratações surgindo já numa concepção mais democrática de educação. Devagar nossos diretores entenderão esse processo tão bonito e valioso que é o caminho da educação.
Dez 2009

Formação continuada de educadores (Parte 1)

M.C. Escher_Drawing_Hands http://is.gd/7T6DB

Texto produzido no Curso de Coordenadoras de Creche liderado por Leila Arruda                                                                                                          
Por Regiane Montilha

Ao pensarmos em qualidade de educação devemos primeiramente pensarmos em qualidade de educadores.
Se acreditamos que a melhoria de mundo se dá através da educação, devemos acreditar que nossas crianças são os construtores desse mundo melhor. Primeira pergunta: A quem se atribui a responsabilidade de educar/ensinar essas crianças? (Guardem essa pergunta).
Diante da dinâmica proporcionada pelo mundo moderno, nossas crianças estão  sendo bombardeadas de informações tanto para coisas boas como para ruins.  Porque as questões que envolvem valores não tão esperados pela sociedade, tem encontrado guarida em tantos lares em tantos corações dos próprios adultos (pais e professores) postergando-se para as crianças?
Nesse mundo tão rápido em que estamos vivendo, é necessário um re-olhar para as questões educacionais, é necessário uma novidade de práticas para que as  questões que queremos passar para nossos alunos, sejam diferentes, interessantes, prazerosas, atrativas mas principalmente funcionais para a vida de cada indivíduo, é preciso que encontremos caminhos que tragam uma metodologia que possa competir e superar as questões não tão desejosas assim.
Procurando uma resposta a questão lançada em nossa introdução, (a quem se atribuí a responsabilidade de educar/ensinar essas crianças?) surge uma afirmativa apenas: aos adultos!
Pensemos, quem são esses adultos? São muitos adultos que trabalham de forma direta e indireta na educação das crianças, podemos elencar alguns: pais e outros familiares, amigos, vizinhos, padres, pastores, o tio da perua,  o motorista do ônibus, o tio da padaria, pipoqueiro, pais dos amigos, professores, funcionários da escola, do clube....
Sabemos que de forma direta temos os pais e os professores, foquemos agora no adulto que é nosso objeto de estudo: o professor.
O meu desafio é discorrer sobre o trabalho de coordenação e sua responsabilidade de proporcionar a formação continuada de seu grupo de professores.
O professor de hoje tem intrínseco dentro de si valores e crenças muito fortes, que foram adquiridas durante seu processo de vida, processo histórico muito longo e que o faz ser como é, com suas qualidades e defeitos. Partindo dessa realidade respeitando os diferentes pensamentos, valores, que cada professor trás diante de nós, inicia-se a formação continuada.(continua...)

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Visão de Vigotsky sobre deficiência

"A humanidade sempre tem sonhado com o milagre religioso: que os cegos vejam e os mudos falem. É provável que a humanidade triunfe sobre a cegueira, a surdez e a deficiência mental. Porem a vencerá no plano social e pedagógico muito antes que no plano médico-biológico. É possível que não esteja longe o tempo em que a pedagogia se envergonhe do próprio conceito de “criança com defeito” (...) O surdo falante e o trabalhador cego, participantes da vida geral, em toda sua plenitude, não sentirão sua deficiência e não darão motivo para que os outros a sintam. Está em nossas mãos o desaparecimento das condições sociais destes defeitos, ainda que o cego continue sendo cego e o surdo continue sendo surdo."

Vigotski, L.S. Fundamentos da defectologia. Em obras completas. Havana: Editorial Pueblo Y Educacion, Tomo V (1995, p.61)