quarta-feira, 2 de junho de 2010

minha vida pós-obesidade

 Fotos 2002, 2003 e 2010

Falar de mim é fácil! Sou uma resiliente! Como diz Caetano Veloso  “Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é” quero contar-lhes minha experiência dolorosa e porque não dizer: deliciosa, pois afinal tenho história pra contar...
Fui um bebê anêmico e magrelo, (dá-lhe vitamina) transformei-me em uma criança um tanto quanto “fofa” uma adolescente típica do efeito sanfona (época de dietas mil – Todas com início na segunda e término na terça-feira.)
Entrada para a fase adulta, gorda, mimada, com auto-estima no dedão do pé e choroooona!
Poucos amigos, muita agressividade ao falar com os mais fracos, enfim... Todos os problemas de uma garota gorda aos 18 anos estavam sendo desencadeados!
Papai morreu, assumi com meu irmão os negócios. Dinheiro na mão, pouco juízo, fui torrando... em que? Pasmem! Comida!
 Era uns três cafés da manhã, duas colações, um almoço e meio hora depois os lanchinhos da tarde. Resultado: Em dois anos me tornei uma obesa mórbida!
Quando falo da resiliência, falo, porque precisei buscar ajuda médica e encontrei salvação na gastroplastia. A famosa cirurgia de redução de estomago.
Me casei no auge da obesidade ao final de novembro de 2002 com a cirurgia que faz milagres marcada para janeiro de 2003.
Com pouca luta e muitos comentários, passei dos três dígitos para dois em menos de 10 meses. Foram 50 Kg a menos! No começo elogios e mais elogios... mas depois começaram as críticas... Nossa você está muito magra, não vai parar de emagrecer?
Porque será que nossa vida é cheia de pessoas dando palpite?
Nos 12 meses seguintes fui recuperando um pouco de peso e me tornando mais “saudável”. Momento em que fiquei estabilizada com 10 – 14 Kg a mais (Há 7 anos fico nessa).
Problema n 1: Não fiz nenhum tipo de atividade física. As conseqüências estão sendo colhidas agora. Corpo marcado, pele flácida, pelancas... muita roupa para tentar esconder tudo isso e muuuuita vontade de arrumar tudo com cirurgia.
Problema n 2: Não devo fazer nada agora, ainda preciso ter filhos.
Problema n 3: Minha cabeça ferve com tudo isso! Tenho 32 anos, crises no verão, crises com o maridão e crises, que, afinal, quando esse filhos virão? Quantos serão?
Filhos, desejos e sonhos ficam pra uma próxima ocasião!
Beijos ainda gulosos, mas, acima de tudo, muito felizes por ser quem eu sou e poder ter essa história pra contar!

Regiane Montilha

Um comentário:

  1. Re, essa é uma linda história de superação, coragem e luta!!
    Ao ler vc dizer que perdeu fácil o peso me lembrei de que não houve nenhum esforço físico, mas e o resto? estamos acostumados a valorizar apenas o esforço suado (literalmente), mas foi preciso superar preconceitos, medo... para vencer.
    Continue guerreira em busca dos seus sonhos, vc sabe que muitas vezes Deus oferece outros caminhos para realizá-los (como foi o caso da cirurgia).
    bjs

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