domingo, 7 de fevereiro de 2010

Falando ainda em formação... "Papéis Grupais"

 
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O trabalho em grupo visto como possibilidade de crescimento individual
                                                                                                          Por Regiane Montilha
Somos seres individualizados, porém nos formamos a partir do contexto sócio-histórico em que vivemos. Somos frutos da realidade sócio-econômica, política, familiar, religiosa, geográfica... na qual estamos inseridos.
Ao constatarmos esses fatores, podemos entender assim, que há no ser humano uma necessidade vital de socialização, ou seja, a chamada vida em grupo.
Existem dois tipos de grupos: o grupo familiar, onde ficam “estabelecidos” os papéis de cada membro da família, com diferentes características (explosivo/tranqüilo, racional/emocional, presente/ausente etc) e também os grupos secundários que são os de estudo, trabalho, organizações...
È importante ressaltar aqui que seja em qual grupo for, o indivíduo tem um tempo diferente, com funções diferentes, que são desenvolvidas conforme a necessidade do grupo e segundo o histórico de cada um.
A construção do grupo acontece primeiramente quando há uma busca pelos mesmos interesses: Um ideal, uma revolução, uma religião, um simples diploma ou mesmo a busca pelo conhecimento.
Nesse ponto desta simples reflexão quero deixar claro que me baseei nas idéias de Madalena Freire, pegando alguns tópicos descritos no livro da série seminários (GRUPO  Indivíduo, saber e parceria: malhas do conhecimento, 1997) e juntei alguns fatores que considero importante para a construção do grupo, então (com isso) deixo aqui alguns passos que acredito poderão nos ajudar nessa longa caminhada:
-o Grupo ter um Objetivo Comum;
-termos a consciência de que não há receita a ser seguida (essas regras são um exemplo); são idéias que poderão ajudar na nossa convivência;
- enxergarmos a necessidade de sistematizar, organizar os conteúdos de estudo;
- continuarmos, com maturidade, firmes na caminhada, com a orientação de nossos educadores e através do trabalho árduo de reflexão, não nos desviando do nosso objetivo.
-buscarmos estabelecer um grupo ousado, que enfrenta os medos, supera as expectativas.
- criarmos vínculos afetivos, com cumplicidade, no riso, na raiva, no choro, na dor, no prazer.
“No exercício disciplinado de instrumentos metodológicos, educa-se o prazer de se estar vivendo, conhecendo, sonhando, brigando, gostando, comendo, bebendo, imaginando, criando; e aprendendo juntos, num grupo” (Freire, 1997).
Como podemos ver, o aprendizado ocorre de forma mais consistente quando se estuda em grupo. As trocas de experiências, o olhar do outro, as diferentes histórias vividas pelos diferentes membros do grupo, nos ajudam a sair do nosso mundinho limitado, possibilitando assim, novos olhares, novos horizontes, sem limitações ou pré-conceitos, o que para nós é difícil, no mundo complicado no qual vivemos, o mundo da individualidade, da incompreensão, do egocentrismo, cada vez mais presentes em nossas casas, em nosso trabalho, em nossa escola, dentro de nós. Vamos quebrar esses pré-conceitos que nos amarram e nos impedem de caminhar!

                                  A começar em mim!

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